<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
<HTML><HEAD>
<META content="text/html; charset=iso-8859-1" http-equiv=Content-Type>
<META name=GENERATOR content="MSHTML 8.00.6001.19298">
<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=#ffffff><FONT size=2 face=Arial>
<DIV class=rt-article-title><A
href="http://www.oeco.com.br/fauna-e-flora/27013-mero-o-senhor-das-pedras"><FONT
color=#000000 size=4>Mero, o Senhor das Pedras</FONT></A><FONT size=4>
</FONT></DIV>
<DIV class=clear></DIV>
<DIV class=rt-article-icons><A title=PDF
href="http://www.oeco.com.br/fauna-e-flora/27013-mero-o-senhor-das-pedras?format=phocapdf"
rel=nofollow><SPAN class="icon pdf"></SPAN></A><A title=Imprimir
href="http://www.oeco.com.br/fauna-e-flora/27013-mero-o-senhor-das-pedras?tmpl=component&print=1&layout=default&page="
rel=nofollow><SPAN class="icon print"></SPAN></A><A title=E-mail
href="http://www.oeco.com.br/component/mailto/?tmpl=component&link=aHR0cDovL3d3dy5vZWNvLmNvbS5ici9mYXVuYS1lLWZsb3JhLzI3MDEzLW1lcm8tby1zZW5ob3ItZGFzLXBlZHJhcw%3D%3D"><SPAN
class="icon email"></SPAN></A></DIV>
<DIV class=rt-articleinfo><SPAN class=rt-author>Rafael Ferreira<BR></SPAN><SPAN
class=rt-date-posted>22 de Março de 2013 </SPAN></DIV>
<DIV class=rt-articleinfo><SPAN class=rt-date-posted><A
href="http://www.oeco.com.br/fauna-e-flora/27013-mero-o-senhor-das-pedras?utm_source=newsletter_665&utm_medium=email&utm_campaign=as-novidades-de-hoje-em-oeco"><FONT
color=#000000>http://www.oeco.com.br/fauna-e-flora/27013-mero-o-senhor-das-pedras?utm_source=newsletter_665&utm_medium=email&utm_campaign=as-novidades-de-hoje-em-oeco</FONT></A></SPAN></DIV>
<DIV class=rt-articleinfo><SPAN class=rt-date-posted></SPAN> </DIV>
<DIV>
<TABLE cellSpacing=5 align=center>
<TBODY>
<TR>
<TD>
<DIV
style="WIDTH: 670px; PADDING-RIGHT: 10px; FLOAT: none; FONT-WEIGHT: bold"
class="img_caption none"><IMG class=caption
title="O mero frequenta locais escuros como tocas submarinas, fundo de pedras, locais de naufrágios e até mesmo plataformas, como na foto. Crédito: Athila Bertonchi"
alt=""
src="http://www.oeco.com.br/images/stories/mar2013/animalsemana-MERO-1a.jpg"
width=670 height=446 $included="null">
<P class=img_caption align=center><FONT size=1>O mero frequenta locais
escuros como tocas submarinas, fundo de pedras, locais de naufrágios e até
mesmo plataformas, como na foto. Crédito: Athila
Bertonchi</FONT></P></DIV></TD></TR></TBODY></TABLE></DIV>
<DIV>Para um desavisado leitor, o título de nossa matéria pode soar como o
título de um filme de fantasia épica, com uma excitante trama, na veia de
"Senhor dos Anéis" ou "Eragon". Infelizmente, a trama deste filme é mundana e
bem conhecida: espécie animal, antes abundante, graças à caça (no caso, pesca)
predatória hoje se encontra em risco de desaparecer. O protagonista da vez é o
mero (<EM>Epinephelus itajara</EM>).<BR><BR><STRONG>Nosso astro foi batizado
<EM>Epinephelus itajara</EM> por um pesquisador alemão que esteve no Brasil no
século XIX, segundo uma denominação tupi-guarani "senhor das pedras" ("ita",
pedras; "jara", senhor). O nome é referência ao alto nível ocupado pelos meros
na cadeia alimentar marinha e por seu hábito de se abrigar em lugares escuros,
como grandes tocas entre as rochas.<BR></STRONG><BR>O mero é um peixe marinho da
família <EM>Serranidae</EM>, que habita águas tropicais e subtropicais do oceano
Atlântico, podendo ser encontrado nas Bahamas e na maior parte do Caribe. Nos
EUA, nos estados da Florida, Nova Inglaterra e Massachusetts. No leste do Oceano
Atlântico, ocorre entre Congo e Senegal. No Brasil, praticamente ao longo de
todo o litoral. É uma espécie que habita zonas de estuários e áreas costeiras
(até 100 m de profundidade), isto é, em manguezais, costões rochosos, próximos
de naufrágios, pilares de pontes e parcéis.<BR><BR>O <EM>E. itajara</EM>, uma
das maiores espécies de peixes marinhos, pode chegar a pesar de 250 kg a mais de
400 kg e medir até quase 3 metros. Estes <A
href="http://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/41788-peixe-gigante-e-encontrado-na-beira-mar-norte.html"
target=_blank><FONT color=#006633>gigantes</FONT></A> estão situados bem alto na
cadeia alimentar: seu cardápio consiste, principalmente, de crustáceos, lagostas
e caranguejos. Partes de polvos, tartarugas e outros peixes também. Quando
jovens alimentam-se de camarões, caranguejos e bagres marinhos. Longevos, vivem,
em média, por 30 anos e podem alcançar 40 anos.<BR><BR>As características
biológicas desta espécie a tornam muito vulnerável à pesca: possui taxa de
crescimento lento e maturam tardiamente; atinge tamanhos impressionantes que lhe
valem alto valor comercial (sua carne é muito desejada) e desportivo, quando
capturados por caçadores submarinos; e, por fim, agrega-se para a reprodução –
até 100, às vezes mais, indivíduos agregam-se para desovar em momentos e locais
específicos.<BR><BR>Por anos, o mero vem recebendo atenção de pesquisadores em
todo o oceano Atlântico em função do declínio de suas populações. Classificado
como <A href="http://www.iucnredlist.org/details/195409/0" target=_blank><FONT
color=#006633>criticamente ameaçado</FONT></A> na lista da IUCN, a espécie é
protegida da pesca há mais de dez anos em todo o Golfo do México (que inclui
litoral norte-americano). No Brasil, em 2002, esta espécie recebeu proteção
através de uma proibição da captura, editada pelo IBAMA na Portaria nº 121 de 20
de setembro de 2002, prorrogada por mais por mais cinco anos na Portaria
42/2007. Na iniciativa privada, (ONGs) como o <A
href="http://www.merosdobrasil.org/index.php?lang=pt" target=_blank><FONT
color=#006633>Projeto Meros do Brasil</FONT></A>, se colocam <A
href="http://www.oeco.com.br/noticias/26593-meros-serao-protegidos-por-mais-tres-anos"
target=_blank><FONT color=#006633>à favor da conservação do
mero</FONT></A>.<BR><BR>O homem, com sua ação predatória, novamente fica com o
papel de vilão da trama. Mas, como sempre, também lhe cabe o papel do resgate
heroico. Será que chegará a tempo de salvar o Senhor das
Pedras?<BR><BR></DIV></FONT></BODY></HTML>