[OANNES Foro] Investigador de la NASA explica el deshielo record en Groenlandia
Mario Cabrejos
casal en infotex.com.pe
Vie Jul 27 08:21:09 PDT 2012
Pesquisador da Nasa explica a ((o))eco degelo recorde na Groenlândia
Flávia Moraes
26 de Julho de 2012
http://www.oeco.com.br/noticias/26284-pesquisador-da-nasa-explica-a-oeco-degelo-recorde-na-groenlandia?utm_source=newsletter_452&utm_medium=email&utm_campaign=as-novidades-de-hoje-em-oeco
Entre os dias 08 e 12 de julho, a Groenlândia experimentou o mais agudo degelo já detectado nos 33 anos em que existem registros de satélite. Da sua superfície total, 97% mostrou sinais de degelo, incluindo áreas de 2 mil metros de altitude. O fenômeno foi notícia na mídia mundial e assusta por sugerir que as mudanças climáticas podem estar se acelerando.
Para explicar os detalhes desse recorde e sua relação com o aquecimento global, ((o))eco ouviu Thomas Mote, membro da equipe da NASA que está avaliando o derretimento de gelo histórico.
Mote é professor e chefe do departamento de Geografia da Universidade de Geórgia, nos EUA. Há 20 anos está envolvido com pesquisa da criosfera, através de sensoriamento remoto. Atualmente trabalha para a NASA, onde documenta a extensão do derretimento da superfície de gelo da Groelândia com registro de imagens de satélites. Também estuda as medições de diferentes satélites sobre o degelo de superfície.
((o))eco - A quantidade de gelo derretida foi histórica ou o que causou espanto foi a rapidez do derretimento?
Thomas Mote - Normalmente, nós vemos a área de degelo aumentar ou contrair rapidamente, de acordo com os deslocamentos das massas de ar, frias ou quentes, sobre o manto de gelo. O que aconteceu dessa vez foi que a extensão do derretimento foi notável, principalmente nas altitudes elevadas. Esta é a primeira vez, em 33 anos de dados de satélites, que nós testemunhamos um derretimento por quase todo o gelo da Groelândia.
((o))eco - Quais seriam os principais motivos para um derretimento tão rápido, observado em 4 dias, e numa quantidade tão grande?
TM - A Groelândia esteve excepcionalmente quente desde maio deste ano e observamos uma mudança significativa nos padrões climáticos, associada à Oscilação do Atlântico Norte (NAO, do inglês North Atlantic Oscillation). Quando esta oscilação está em sua fase negativa, a Groelândia é dominada por ar quente e alta pressão.
Nós detectamos uma Oscilação do Atlântico Norte bastante negativa desde maio até a semana passada. Essas condições de temperaturas mais elevadas permitiram a expansão do derretimento desde as áreas mais baixas até as altitudes elevadas, fundindo a neve nesses locais.
No meio de julho, principalmente, observamos uma massa de ar bastante quente deslocando-se sobre o manto de gelo, a qual causou esse evento de degelo sobre quase toda a Groelândia. Nesta semana, essa massa de ar foi para o leste. Agora o derretimento da Groelândia está perto do normal e o calor passou a invadir as ilhas britânicas, bem na época das Olimpíadas. Entretanto, os padrões climáticos podem voltar a se alterar na semana que vem.
((o))eco - O derretimento está relacionado às mudanças do clima ou pode ser considerado um episódio isolado?
TM - A resposta simples seria "ambos os casos". Observamos um episódio isolado, causado por um padrão climático incomum, que foi somado às mudanças climáticas que estão acontecendo. O resultado foi o degelo fora do comum. O curto período, 4 dias de derretimento, sobre todo o manto de gelo foi causado pelo evento de tempo extremo causado pela Oscilação do Atlântico Norte negativa.
Entretanto, o clima cada vez mais quente na Groelândia, e sobre todo o Ártico, nas últimas 3 décadas, resulta em períodos mais longos de derretimento e degelo completo nas regiões mais baixas. Durante esse período de 30 anos, o derretimento vem atingindo regiões cada vez mais elevadas. O resultado é um enorme runoff (escoamento) de água derretida próxima às margens do manto de gelo, neste verão do hemisfério norte.
((o))eco - Qual foi a temperatura média desses 4 dias na Groelândia? São temperaturas do ar anormais para o verão da região?
TM - Nas altitudes mais elevadas da Groelândia, no topo do manto de gelo -- a cerca de 3.200 metros -- as temperaturas atingiram 0° Celsius, o que é altíssimo para uma região normalmente bem mais gelada. Em regiões sem gelo, neste verão, próximo à costa, os recordes de temperaturas chegaram a exceder os 25° Celsius. No dia 10 de julho, pouco antes do ápice do derretimento, por exemplo, a temperatura estava marcando 23,9°Celsius, próximo ao manto de gelo da região da Kangerlussuaq, onde o normal é chegar a 7°Celsius.
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